Foto: Arquivo Pessoal
Sheik, pitbull de 2 anos de 8 meses, foi morto a tiros na Rua Duque de Caxias, no Bairro Medianeira, no dia 16 de fevereiro.
O paradeiro do corpo do cachorro Sheik, pitbull morto com quatro tiros Rua Duque de Caxias, no Bairro Medianeira, no último dia 16, ainda é desconhecido, segundo a tutora do animal, Rudiane Drum Hettwer, 33 anos. Ela registrou um boletim de ocorrência e aguarda esclarecimentos da Polícia Civil, responsável pela investigação. Na última semana, o caso foi levado até a Câmara de Vereadores de Santa Maria e virou campanha nas redes sociais com a hashtag #DevolvamOCorpoDoSheik.
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O homem responsável pelos disparos, um policial militar, alega que estaria tentando impedir um ataque de Sheik contra outro cachorro e crianças que estavam próximas ao local. Ao Diário, Rudiane relatou o motivo de Sheik estar solto na rua naquele momento.
Cachorro não era agressivo com outras pessoas, afirma tutora
Sheik, de dois anos e cinco meses, não era agressivo e nunca havia atacado outras pessoas, conta Rudiane. Segundo ela, o cachorro era muito próximo dos seus quatro filhos, e era reativo apenas em contato com outros animais.
No dia do fato, Sheik escapou da corrente e teve acesso à rua após pular o muro, por volta das 21h45min. O animal saiu da Rua Mario Salvador e foi até a Rua Duque de Caxias, onde teria atacado outro cachorro.
— Tentei pegar ele no portão e não consegui, eu estava com a minha "neném". Saí correndo atrás, chamei, e ele não veio. Fui fazer a volta na quadra e ouvi os disparos, mas como eu estava com a minha filha no colo, decidi voltar pra casa. Nisso, os vizinhos me falaram que ele tinha sido morto a tiros. Voltei lá perto da meia-noite e o pessoal disse que ele tinha sido levado e não achei mais nada, não achei o corpo do cachorro — relembra a cozinheira.
O vídeo do momento em que Sheik é atingido foi compartilhado nas redes sociais. Para Rudiane, a justificativa do homem responsável pelos disparos é incoerente, já que as imagens mostram que não havia crianças próximas no momento do acidente.
Rudiane conta que pessoas relataram ter visto o animal sendo colocado em um saco de lixo e levado em uma viatura da Brigada Militar, que atendeu a ocorrência. Até o momento, ela não teve retorno das autoridades sobre o paradeiro do corpo de Sheik. Ela registrou um boletim de ocorrência na última quarta-feira (19).
— Por mais falha que eu possa ter tido, de não ter conseguido conter ele no pátio, isso é muito desumano — diz Rudiane.
O desaparecimento de Sheik foi levado à sessão da Câmara de Vereadores de Santa Maria pelo vereador Luiz Fernando Cuozzo Lemos (PDT). Em seu discurso, o parlamentar questiona o protocolo adotado no caso, e pede respostas das autoridades.
O que diz a Polícia Civil
Procurada pela reportagem, a Polícia Civil informou que poderá informar sobre o paradeiro do corpo animal na quinta-feira (27), após o depoimento do policial militar que atendeu a ocorrência.
O caso
O caso foi registrado no domingo (16), na Rua Duque de Caxias, no Bairro Medianeira, em Santa Maria. A Brigada Militar foi chamada pelo próprio autor dos disparos, um homem que possui porte de arma.
De acordo com a ocorrência, o homem relatou que estava na sacada de seu apartamento quando presenciou a briga entre os cães e percebeu o risco às crianças que estavam nas proximidades. Ao tentar intervir e não conseguir conter os animais, ele efetuou quatro disparos.
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*colaborou Rafael Menezes